Autismo

Sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas para o aluno com TGD , nos Anos Iniciais.

Rotina:

Elaboração de uma rotina semanal e diária, onde é apresentado o conjunto de atividades a serem desenvolvidas, com referencia visual de palavras e imagens.
Propomos que a rotina semanal contemple um momento inicial na “roda”, atividades de leitura de histórias e aquelas direcionadas para a aquisição do sistema alfabético de escrita.
No momento do lanche, devem ser estimulados os hábitos de higiene, como lavar as mãos e escovar os dentes.
Atividades de matemática, natureza e sociedade, artes, música, podem ser intercaladas no decorrer da semana.
Além disso, programar na rotina semanal da turma, momentos em sala de aula, e nos demais espaços da escola: sala de informática, biblioteca, parque, brinquedoteca, quadra, entre outros existentes.
Sugerimos que sejam programados passeios a espaços culturais existentes na cidade, nos planejamentos bimestrais.
É importante que esta rotina seja estrutura e seguida, ao internalizá-la o aluno poderá antecipar as atividades que irão acontecer. A rotina torna-se uma referência para a sua organização favorecendo a sua auto-regulação.
Esta rotina deve ser colocada em cartaz, com fotos ou figuras, as mais próximas possíveis ao que é vivenciado na rotina da turma, dispostos de uma forma organizada sem poluição de imagens que dificulte o entendimento.
Propomos também que na organização da rotina se observe também o horário de saída, que haja uma preparação para esse momento, evitando situações em que o professor lê uma história para o aluno apenas para ocupar o tempo restante da aula, enquanto espera os pais, não concluindo esta atividade e tornando um momento que poderia ser prazeroso e instrutivo, num momento de sem muita significação, as vezes até tumultuado.
Além disso, orientar o professor quanto ao cuidado nas alterações da rotina, é preciso preparar a criança.
Ainda no que diz respeito à rotina escolar, especialmente em se tratando de pré-escola, é importante que haja momentos de estudo sobre planejamento e rotina escolar junto professor de sala de aula e coordenador escolar, para evitar práticas espontaneístas.
Elaboração de um cartaz com os acordos e regras estabelecidas em grupo em sala de aula.

Orientações ao professor:

Utilização do calendário, a ser trabalhado diariamente para o desenvolvimento das noções de tempo.
Elaboração de fichas para comunicação com o aluno, mas sem deixar de utilizar a verbalização objetiva. As explicações devem ser diretas. Na comunicação, orientar o professor a falar frequentemente com a criança, olhando-a sempre nos olhos, isso poderá tirá-la do seu devaneio ao mesmo tempo em que trará mais segurança.
Orientar o professor a estimular a participação positiva, apresentando feedback sobre a adequação de reações, estimulando o comportamento adequado, propondo tarefas possíveis de serem realizadas, observando o conceito de ZDP, enriquecendo a comunicação verbal com ilustrações ou figuras e utilizando exemplos concretos, é importante contextualizar as tentativas e as expressões comunicativas e atribuir-lhes um sentido.
Propor situações de interação dos alunos com os demais, como em apresentações de culminância de projetos.
Propor situações que explorem a formação dos vínculos afetivos professor/alunoTGD/demais alunos, em brincadeiras com músicas, fantoches, teatrinho.
Organizar situações de trabalhos em pequenos grupos e prever essa dinâmica na rotina, explorando sempre as atividades em grupo.
Propor atividades e jogos que desenvolvam as capacidades de concentração, atenção, percepção, discriminação e memória, tais como quebra-cabeças, blocos de encaixe, dominó, tangram, memória, organizados em campos semânticos: objetos de uso pessoal, frutas, animais etc.
Manter uma agenda para a comunicação com os pais, que precisam ter acesso às informações sobre o desenvolvimento da criança.

Organização da sala:

Disposição das carteiras em círculo para propiciar o contato visual com todos os alunos.
Organização na sala de aula de espaços que contemplem a leitura mediada e de fruição, o brinquedo para um brincar mais espontâneo, o teatro com fantoches estimulando a imaginação, a linguagem e a criatividade, e um espaço para os jogos pedagógicos mais direcionados didaticamente.

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