domingo, 26 de julho de 2015

10 mitos sobre a cegueira

10 ideias equivocadas sobre a cegueira





Você é apresentado a alguém que usa bengala e óculos de sol. Logo você conclui que ele é cego. O que você faz?

A. Conversa num tom de voz mais alto e empregando as palavras pausadamente?
B. Pergunta se ele gostaria de tocar o seu rosto para que possa saber como você é.
C. Conversa sobre uma história que leu recentemente na internet sobre uma cura milagrosa para a cegueira.
D. Apresenta-se e começa uma conversa da mesma forma que normalmente faz quando conhece alguém.

Se você escolheu A, B, ou C, então é melhor rever seus conceitos.

Graças aos meios de comunicação existem algumas ideias equivocadas em torno do que significa ser cego, para a frustração das pessoas que realmente têm cegueira.

Listaremos aqui os dez erros mais comuns sobre a cegueira.

1. Se alguém não pode vê-lo muito bem, consequentemente, também não pode ouvi-lo.

Ninguém gosta de ser gritado, mesmo as pessoas com baixa visão. Então, a menos que você tenha um motivo específico para pensar que a pessoa com quem está falando tem problemas auditivos, use a sua voz num tom normal.

2. As pessoas que perdem a visão são compensadas ​​com uma super audição e outras habilidades.

Infelizmente, o Demolidor ainda é apenas um super-herói fictício e ser cego não transmite nenhum superpoder. A verdade é um pouco menos fantasiosa. Simplificando, as pessoas com cegueira ou deficiência visual são forçadas a confiar em seus outros sentidos para absorver a informação e acabam estimulando os demais sentidos.

3. Sentir o rosto de alguém é uma técnica comum que as pessoas cegas usam para "ver" como alguém parece.

Imagine alguém tateando o seu rosto. Parece estranho? As pessoas que são cegas seguem as mesmas convenções sociais como qualquer outra pessoa, o que significa que é altamente improvável que eles vão querer passar as mãos por todo o rosto de alguém que não esteja intimamente familiarizado. Na verdade, de acordo com muitas pessoas com deficiência visual, sentir o rosto de alguém não fornece informações muito úteis sobre a aparência de uma pessoa. Há exceções, é claro, como para os membros próximos da família ou pessoas íntimas. Os pais vão usar as mãos para se familiarizar com as características de seus filhos e as crianças podem sentir os rostos das pessoas importantes em suas vidas.

4. Se você está falando com alguém que é cego ou deficiente visual, deve evitar o uso de palavras como "olhar" ou "ver", para não ofendê-los.

Não. Ninguém se importa. Estas palavras são frequentemente usadas ​​como figuras de linguagem, inclusive pelas pessoas com deficiência visual. Então, não há problemas em dizer a seu amigo cego "Nos vemos mais tarde".

5. As pessoas que são cegas têm opções limitadas de trabalho.

Podemos citar inúmeras pessoas com deficiência visual que exercem funções nas mais diferentes áreas de trabalho. Com treinamento e equipamentos adequados, as pessoas com deficiência visual podem ocupar cargos nos empregos que desejarem. Basta olhar ao redor e você vai encontrar programadores de computador, professores, chefs, donos de empresas, barmen, comerciantes, trabalhadores sociais, fotógrafos, atores, garçons.... Há até mesmo um motorista de carro de corrida cego!

6. As pessoas que são cegas são incapazes de cuidar de si ou viver de forma independente.

Nas palavras de Russell Shaffer, Gerente Sênior da Walmart, “ser cego não significa que você não pode fazer as coisas, mas significa que você precisa aprender a fazer algumas coisas de forma diferente.” As pessoas que são cegas são perfeitamente capazes de cuidar de si, vivendo em suas próprias casas e constituindo famílias. Eles podem usar a tecnologia como ferramenta facilitadora ou a assistência de um cão guia, por exemplo, a fim de compensar a sua falta de visão.

7. Ser cego é não ter visão de nada.

Interessante: a maioria das pessoas que são classificadas como cegas tem algum resíduo de visão, seja alguma visão periférica ou apenas ver tudo como um grande borrão. E mesmo as pessoas que não podem ver nada, muitas vezes são capazes de distinguir sombras ou diferenciar entre claro e escuro.

8. Apenas as pessoas cegas usam uma bengala branca.

Há um medo comum entre as pessoas com baixa visão de serem julgadas com severidade por usar uma bengala branca. Como resultado, as pessoas com deficiência visual, que poderiam realmente se beneficiar do uso de uma bengala, vão evitar o uso, mesmo tendo prejuízo, porque se preocupam com o que os outros possam pensar delas.
Então, vamos esclarecer os fatos. De acordo com estimativas feitas pela Fundação Americana para os Cegos, apenas 18% das pessoas com deficiência visual são totalmente cegas. Isto significa que a maioria das pessoas que são cegas pode realmente ver até certo ponto, dependendo de sua situação, mas ainda é difícil para eles passar sem qualquer assistência. É aí que a bengala branca vem como ajuda. Assim, ao ver alguém andando com uma bengala branca não chegue logo a conclusão que essa pessoa não enxerga nada, ou não fique chateado se a pessoa não é totalmente cega como você supôs.

9. Todas as pessoas cegas têm cães-guia.

Os cães-guia são maravilhosos, mas eles não são para todos. Algumas pessoas não querem a responsabilidade de cuidar de um cão. Muitos proprietários também se frustram pela rede de invisibilidade que se cria junto ao cão-guia, pois as pessoas estão mais interessadas no cão que na pessoa.

10. Todas as pessoas que são cegas estão à procura de uma cura.

Enquanto você pensa que está sendo útil por oferecer sugestões de cura e tratamento aos amigos com deficiência visual para curar sua cegueira, a pessoa pode não apreciar tanto. As pessoas querem ser tratadas com respeito e dignidade assim como as pessoas videntes.

Esperamos que as dicas possam ajuda-lo na próxima vez que for apresentado a uma pessoa com deficiência visual. Embora a melhor recomendação é sempre: trate o outro como gostaria de ser tratado. Se colocar no lugar do outro é sempre um bom exercício.

Ah, a resposta é a letra D.

Referência:

Texto adaptado.
Original: Top 10 Misconceptions about blindness Acessado em 26/07/2015






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